De completa desconhecida no país a fenômeno midiático, Courtney causou surpresa ao viralizar com seu vídeo postado em maio, ativando o sentimento ufanista brasileiro. A jornalista afirmou que Memórias póstumas de Brás Cubas era o melhor livro já escrito, na maratona de leitura – tipo volta ao mundo - a que se propôs na rede social. Ela elogiou a tradução de Flora Thonson DeVaux e lamentava já está chegando ao fim do livro, porque ele era muito bom. A pedido de um estudante brasileiro, em junho, ela comentou sobre Dom Casmurro, entrando na famosa polêmica de Capitu. Para Courtney, Bentinho não foi traído. “As evidências são poucas e de baixa qualidade” sentenciou, dizendo não ter lido nada a respeito da querela entre os personagens, para não ser induzida a formar uma opinião.
Com realização marcada para o período de 18 a 21 de setembro, o Flimuj tem confirmados ainda a escritora argentina radicada na França Ariana Harwicz, que vem divulgar O Ruído de uma época: Aforismos, correspondências e ensaios (editora Intrínseca), que deve causar polêmica com seu estilo radical, contra dogmas impostos, os cancelamentos e o excessivo marketing literário. A escritora ganhou visibilidade com Morra, amor, seu romance de estreia, que abriu a trilogia das paixões, da qual fazem parte ainda Débil mental e Precoce.
Outro convidado importante é o premiado escritor cubano Leonardo Padura, uma das principais vozes literárias da ilha, que teve seus principais livros já publicados no País. Em seu último romance lançado no Brasil, Pessoas decentes, o detetive Conde está de volta. A história se passa em 2016, marcado por eventos históricos como a visita do presidente Barack Obama, o show dos Rolling Stones e um desfile da marca francesa Chanel. A trama tem assassinato político e feminicídio, mistura fatos e personagens reais aos criados por Padura, revelando aspectos da vida em Havana que só um observador atento consegue.