“Descobrir uma cidade é menos olhá-la e mais (senão unicamente) perceber o que ela nos causa: quais sentimentos novos surgem, que gestos adquiro, qual meu novo tom de voz. Enfim, entender uma cidade é perceber, nela, em qual personagem me transformo. Mas as observações de nada valem, se não forem solitárias. É meio como escreveu Milan Kundera (“Viver na verdade só é possível se não houver público nenhum”), só que on the road”.