O advogado e escritor José Roberto de Castro Neves é o novo imortal da Academia Brasileira de Letras. Ele assumirá a cadeira 26 da instituição, que era ocupada por Marcus Vilaça, pernambucano que morreu em março deste ano. A escolha de Castro Neves ocorreu na tarde da quinta, dia 29 de maio.
O escritor também é titular da cadeira nº 27 da Academia Brasileira de Letras Jurídicas; Sócio do Escritório Ferro, Castro Neves, Daltro & Gomide Advogados.
O novo membro da ABL recebeu 27 votos contra 7 do seu principal concorrente, o escritor, tradutor e historiador Rodrigo Lacerda. Além deles, Diego Mendes Souza, Sivaldo Venerando do Nascimento e Evandro Aléssio Rodrigues haviam se candidato à vaga.
Autor best-sellers de não ficção como Como os advogados salvaram o mundo, Medida por medida, o Direito em Shakespeare e Os grandes julgamentos da História, Castro Neves publicou em abril de 2025 pela Intrínseca Ozymandias, seu primeiro romance , que figurou nas listas de mais vendidos logo após o lançamento.
Além desse livro, José Roberto é autor de outras 18 obras sobre história, literatura e direito, com vendas que totalizam cerca de 200 mil exemplares.
O advogado é o maior colecionador de William Shakespeare (1564-1616) do Brasil, com um acervo de mais de seis mil peças, e considerado um dos grandes especialistas sobre o dramaturgo no País.
Bacharel em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ); mestre em Direito (LL.M.) pela Universidade de Cambridge; doutor em Direito Civil pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Castro Neves é professor de Direito Civil na Pontifícia Universidade Católica (PUC) e na Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Na semana passada, a ABL elegeu o crítico literário e professor Paulo Henriques Britto à vaga deixada pela acadêmica e escritora Heloísa Teixeira, morta em março. Em abril, a jornalista e escritora Miriam Leitão foi eleita para a cadeira que pertenceu ao cineasta Cacá Diegues, morto em fevereiro.
Em breve, a instituição também vai eleger um nome para a cadeira deixada pelo filólogo Evanildo Bechara, que morreu na última quinta-feira, 22 de maio, aos 97 anos. A escritora mineira Ana Maria Gonçalves, autora do romance Um defeito de cor se candidatou para a vaga.